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Escritora curitibana, Giovana Madalosso, lança seu primeiro romance "Tudo pode ser roubado" e já é negociado para o cinema


Antes de estrear como romancista, Giovana fez uma primeira incursão como contista com “A teta racional” (Ed. Grua, 2015), uma reunião de histórias curtas entremeadas pelo tema da maternidade, movida pela sua própria gravidez.

Durante a seleção dos textos para o livro, deixou de fora uma narrativa sobre uma garçonete cleptomaníaca. Ela o descartara por não se encaixar na temática da coletânea e por ser maior do que um conto e menor até do que uma novela.

O livro “Tudo pode ser roubado”, conta uma história de bastidores que confere mais valor tanto ao livro quanto ao potencial da autora. Guardado numa “gaveta de contos descartados”, foi ressuscitado quando Giovana tentava encontrar uma ideia para uma nova empreitada.

"Queria uma personagem que vivesse em um outro universo, quase como se me desafiasse, porque queria fugir da auto ficção. Achei essa garçonete cleptomaníaca e juntei com uma coisa que estava na minha cabeça, que eram os livros raros", disse a escritora.

Giovana começou a criar a história da garçonete sem nome sem muito planejamento e sem saber onde ia dar. Disse que fora guiada pelo surgimento dos personagens e, dessa forma, escreveu quase meio livro. Foi isso que entregou à sua ex-agente, que passara para o outro lado do balcão e estava trabalhando na editora Todavia.

Madalosso conta que teve uma resposta que a deixou muito ansiosa, pois disseram que precisavam o quanto antes do livro, comentou Giovana, que mora em São Paulo há 18 anos.

A escritora disse que trabalhou durante três ou quatro meses, tempo que considera rápido. E segundo ela foi importante dizer que tinha toda a história criada, trabalhou muito pensando até o final, pois sabia exatamente aonde quer chegar. E sua experiência como roteirista ajudou muito.

Na trama, a tal garçonete trabalha em um restaurante chique na Avenida Paulista e se envolve com um desconhecido, que a aborda oferecendo uma bolada para roubar um livro. O alvo é uma primeira edição de “O guarani”, de 1857, arrematada em leilão por um professor universitário que se recusa a vendê-la.


PERSONAGEM VULNERÁVEL
Entre outros personagens que gravitam em torno da garçonete, há uma mulher transexual, Tiana, dona de um brechó frequentado pela protagonista. Giovana garante que não a colocou na história movida pela representatividade LGBT.

"Sou movida, antes de mais nada, por uma inquietação, uma angústia minha. Até falo, às vezes, que é o assunto que escolhe o artista e não o contrário. Não funciona em sentar e pensar: Nossa, eu preciso escrever um livro sobre a questão do feminino e da transexualidade porque etc etc, mas isso não vai rolar", disse a romancista.

No caso do “Tudo pode ser roubado”, Giovana disse que foi movida por um sentimento de muita solidão, de muito isolamento urbano, em que as relações humanas são difíceis. Sensações que teve logo que se mudou para São Paulo, há quase duas décadas.

Segundo a escritora ,a Tiana surgiu  como uma personagem vulnerável, pelo fato de poder se envolver em um relacionamento doloroso. E com isso trouxe toda uma discussão ideológica que a agrada muito. Mas, antes de tudo, se preocupa com a voltagem dramática de cada personagem. Quando viu a personagem trans já estava lá, e somente depois para para analisar.

Embora se considere uma mulher feminista, a escritora não gostaria que sua literatura fosse tachada de feminista, porque ela mesmo diz que o feminismo é uma bandeira ideológica superimportante, e se considero uma militante. Mas acha que colocar esse rótulo desses apequenaria a minha literatura.

Giovana pretende falar de temas universais, e não quer ficar presa ou escravizada a nenhum rótulo. E gosta de pensar na literatura como um espaço livre para que tudo possa ser discutido. Então, fechar o seu escopo no feminismo, a escritora acha que sai perdendo.

Giovana já trabalha em um novo livro, mas ainda não fala em trama ou personagem. Ela também negocia os direitos de adaptação de “Tudo pode ser roubado” para o cinema.
"Uma produtora e alguns diretores que eu conheço da publicidade se aproximaram", completa ela. "Ainda estamos conversando, não sei dizer com quem. Só sei que irá acontecer", diz Madalosso.

Onde encontrar o livro - “TUDO PODE SER ROUBADO”
Livrarias Curitiba
Autora: Giovana Madalosso.
Editora: Todavia.
Páginas: 192.
Preço: R$ 49,90.

Fonte:

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